A Caminhada contra a Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, realizada dia 19 de maio em Fortaleza, foi pacífica e com envolvimento de jovens e adolescentes que transmitiram sua mensagem através de teatro, dança, flashmob e música.
Visando fazer ouvir a voz de quem luta por atendimento e prevenção à exploração e violência sexual infanto-juvenil, a caminhada foi articulada por RENAS e Visão Mundial e contou com a participação de diversas instituições, coordenadas pelo Movimento Bola na Rede e Fórum Permanente de ONGs de Defesa de Direitos de Crianças e Adolescentes (Fórum DCA). O tema do evento este ano foi “Sem Orçamento Não Há Atendimento”, chamando atenção para a necessidade de destinar recursos e garantir sua execução.
Fruto da Campanha Bola na Rede, RENAS apresentou em 2017 uma pesquisa realizada na cidade, sobre o atendimento às vítimas de exploração sexual infanto-juvenil, em parceria com o Fórum DCA. Segundo o estudo, uma vítima de violência sexual deve passar por pelo menos cinco tipos de atendimento: saúde, psicológico, social, policial e jurídico. Estes atendimentos devem garantir a proteção e contribuir para restituição do direito e superação da violência sofrida.
“No entanto, o que observamos é que estes grupos de atendimentos não só estão desarticulados, como alguns não existem por falta de orçamento assegurado, necessitando de um compromisso do Poder Público (nos três âmbitos) com essa causa. Isso deve se refletir em uma política de destinação de verba para fazer em caráter de urgência estes serviços acontecerem”, destaca Jailma Rodrigues, coordenadora do movimento no Ceará.