Pelo menos, vinte organizações, igrejas e redes evangélicas, entre elas, a RENAS, assinaram um manifesto contra a violência a indígenas, sobretudo aos Guaranis-Kaiowás, no Mato Grosso do Sul.
Segundo dados fornecidos pelo documento, nos últimos 12 anos cerca de 585 indígenas cometeram suicídio e outros 390 foram assassinados no Estado. Enquanto isso, ainda segundo o documento, com a paralisação dos procedimentos de demarcações de terra, cerca de 45 mil Guaranis-Kaiowás continuam espremidos em apenas 30 mil hectares de suas terras tradicionais.
Intitulado “Manifesto da Frente Evangélica Pró Indígena”, o documento tem como objetivos: mobilizar a igreja cristã evangélica para orar a fim de que todos os povos indígenas gozem de paz permanente e para que haja a demarcação e homologação de suas terras; e apoiar, manifestar solidariedade, pressionar através de ações de defesa de direitos os órgãos governamentais responsáveis pela causa indígena e usar de todos instrumentos legais para fazer valer os direitos dos povos indígenas à terra que lhes pertence.
Entre as reivindicações das organizações, está a não aprovação da PEC 215 que transfere do Executivo para o Legislativo a competência sobre a demarcação de terras. Segundo o manifesto, seria algo como “dar à raposa a guarda do galinheiro”.
As organizações evangélicas promotoras do manifesto são as seguintes: Aliança Cristã Evangélica Brasileira, Tearfund, Ame a Verdade: Evangélicos contra a Corrupção, Visão Mundial, Instituto solidare, Renas, ACEV, MEP, Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, Missão Aliança, Igreja Evangélica Congregacional de São Luís, ITEBAS – Instituto Teológico Basileia, Núcleo da FTL-B em São Luís, 2a. Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, Ser Sustentável, Igreja Batista da Redenção de Belo Horizonte, Missão Emanuel, Rede Fale e ALEF (Associação de Líderes Evangélicos de Felipe Camarão).