As eleições municipais de 2016 já batem em nossas portas e a participação no processo eleitoral por meio do voto é um momento privilegiado para exercermos parte do direito da cidadania. E para fazer isto de forma consciente é fundamental nos perguntarmos: “Qual a diferença entre o Brasil que temos e o Brasil que queremos?”.
Esta é a pergunta-chave que a cartilha lançada pelo coletivo Ame a verdade se propõe a responder. O objetivo do material, que reúne textos curtos, simples e de fácil compreensão, é realizar uma análise da conjuntura eleitoral brasileira e instigar uma reflexão crítica dos eleitores antes de irem às urnas. Sem expressar preferências político-partidárias, a cartilha se destina a todo o público evangélico brasileiro.
Trechos da cartilha:
“Queremos, sonhamos e lutamos por um cardápio diferente. Isso se fará com uma classe política que nos represente e que defenda a Constituição; que esteja comprometida com o bem comum e não com interesses particulares; que seja reconhecida por sua ética e que viva preocupada em não se sujar com a lama da corrupção; que governe para todos/as e não para grupos e; que tenha a justiça e a retidão como pilares centrais de suas ações”.
“Mesmo sabendo da importância, grandeza e regularidade das eleições, existe quem diga que o cristão não tem nada a ver com o processo eleitoral; que não existe uma relação da fé cristã com o compromisso social e político; que fé e espiritualidade são coisas diferentes; e que igreja e política não se misturam. Por muito tempo, infelizmente, foi o ensinamento que os cristãos, especialmente, nós, evangélicos protestantes recebemos!”
“Nós, cristãos evangélicos, somos chamados à responsabilidade do exercício da dupla cidadania (cidadãos do céu e da terra) para participar ativamente do processo eleitoral municipal, a fim de contribuirmos para o estabelecimento dos sinais do Reino e a Justiça de Deus na terra, construindo uma cidade melhor, com uma sociedade mais justa e solidária para todos e todas.”
“Não é de hoje que ao redor de muitas igrejas, principalmente nas zonas da periferia, os cenários são quase sempre os mesmos. Onde a violência, o erotismo, o desapego, a miséria, o descaso, a invisibilidade são diferentes faces do mesmo corpo violado e sujeitado às regras da sociedade do descartável. Compreender esse contexto não requer um apurado nível intelectual problematizador dos fenômenos sociais. Basta apenas enxergar o que se mostra gritante aos olhos de quem vê.”
Sobre os autores:
José Marcos da Silva
Pastor da Igreja Batista em Coqueiral e Presidente do Instituto Solidare, ambos em Recife (PE), é teólogo e pós-graduado em Fé e Política pelo Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara, de Brasília/Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC Rio.
Géssica Dias Lins de Oliveira
Membro da Igreja Batista em Coqueiral, em Recife (PE), foi aluna da Escola de Fé e Política Pr. Martin Luther King Jr., é Assistente Social pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-graduanda em Fé e Política pelo Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara, de Brasília/Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC Rio.
Leonardo Ferreira Duarte
Membro da Igreja Batista em Coqueiral, em Recife-PE, foi aluno da Escola de Fé e Política Pr. Martin Luther King Jr., é Bacharel em Direito pela Faculdade Integrada de Pernambuco-FACIPE e pós-graduando em Fé e Política pelo Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara, de Brasília/Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC Rio.
Vanessa Barboza
Membro da Igreja Batista em Coqueiral, em Recife (PE), aluna da Escola de Fé e Política Pr. Martin Luther King Jr., é Assistente Social para Universidade Federal de Pernambuco e Especialista em Gestão da Política de Assistência Social pela Universidade Católica de Pernambuco.
Neucira Morais
Membro da Igreja de Cristo, em Caraubas (RN), aluna da Escola dos Sertões de Fé e Política, é Assistente Social para Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e Pós-graduanda em Fé e Política pelo Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara, de Brasília/Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC Rio.
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